segunda-feira, 2 de junho de 2008

Os Contos de Beedle, o Bardo- O Conto dos Três Irmãos

Se, como nós, você correu pela sua primeira leitura d'Os Contos de Beedle, o Bardo logo para o final dos finais, então você perdeu um pouquinho do conto (aquele que achamos ficar na disputa em ser um melhor que os de Esopo). Sorte sua, você pode abrir o seu exemplar de "Harry Potter e as Relíquias da Morte" no capítulo 22 e o lê quantas vezes você quiser. Se você ainda não leu o último livro da série de Rowling (e o banquete que você tem a sua frente), você poderá não querer ler esse resumo... ainda. Dê a si mesmo a chance de ler o conto no primeiro contexto em que ele é apresentado. Você não se desapontará.Um trio de caveiras cheias de dentes olham para o leitor no topo do último dos cinco contos (e como queriamos que houvessem uma dúzia deles). A caveira do meio tem um símbolo cravado em sua testa -- uma linha vertical em um círculo inscrita em um triângulo. Abaixo do desenho está um monte feito por um tecido sobre onde jazem uma varinha (de onde sai algumas centelhas) e o que parecer ser uma pequena pedra. Este sombrio conto sobre três irmãos, três escolhas e três destinos diferentes imploram a sua leitura em voz alta -- de fato, a primeira vez que nós encontramos os três irmãos é quando Hermione lê o conto a Harry e Rony (e Xenofílio). Três iormãos viajam ao longo de uma rota deserta ao crepúsculo (meia-noite, de acordo com a versão contada pelo sr. Weasley) vondo para o traiçoeiro rio que eles não podem atravessar. Bem providos de magia, eles criam uma ponte com um aceno de suas varinhas. Meio caminho andado eles são surpreendidos por uma "figura encapuzada." A Morte está raivosa, e fala aos irmãos (no momento divertido de RdM, Harry interrope o conto nesse ponto com "Desculpe, mas a Morte falou com eles?") que eles a privaram de "novas vítimas", já que as pessoas geralmente se afogam quando tentam atravessar o rio. Mas a Morte, em um ato perspicaz, oferece uma recompensa a cada um deles por terem sido espertos o bastante para "escapar" dela (para aqueles que se interessam pelos mínimos detalhes, nossa cópia usa "escapar" ao inves de "fugirem" como foi impresso no livro 7). Nosso conto de fadas favorito tem esse mesmo enredo do tipo "escolha seu destino" -- você pode aprender muito sobre um personagem a partir de uma simples escolha, e os melhores contos, como esse, nos leva longe de onde pessamos achar que deviamos seguir até um fim jamais esperado. O irmão mais velho, "um homem combativo," pede a varinha mais poderosa já criada - uma varinha que ganhará cada duelo para seu dono, digna de um mago que "conquistou a Morte." Portanto a Morte cria a varinha (fatídica) de uma "árvore Mais Velha" (de acordo com nossa cópia) e a dá ao irmão briguento, ostensivo. O segundo irmão, "um homem arrogante" que está determinado a provocar a Morte ainda mais, pede o poder de convocar os outros da Morte. Pegando uma pedra da terra, a Morte diz ao irmão que ela encerra o poder trazer de volta os mortos. O irmão mais jovem, o mais humilde e sábio dos três, "não confia na Morte", então ele pede algo que permita que ele parta sem ser " seguido pela Morte." Reconhecendo ter sido superada em esperteza, a Morte entrega "a sua própria" capa da invisibilidade "com muito mal grado" (ao contrário "relutantemente" no Livro 7). A escolha de cada irmão revela tanto sobre as suas motivações: o irmão mais velho quer que a Varinha das Varinhas o faça poderoso acima de todo os outros; o segundo quer ter o poder sobre a Morte; e o mais jovem quer deixar a Morte seguramente atrás dele. Conseqüentemente os irmãos pegam os seus presentes e seguem seus caminhos separadamente, em direção a detinos muito diferentes. O primeiro viaja a "certa aldeia" ("distante" no Livro 7) e vai atrás de um mago com quem ele tinha lutado, para desafiá-lo a um duelo que ele "não pode deixar de ganhar." Depois de matar o seu inimigo, ele vai a uma taberna onde ele se gaba da Varinha das Varinhas, como ele a ganhou "da própria Morte," e como ela o faz todo-poderoso. Naquela noite, um mago supreende o irmão mais velho e rouba a varinha, cortanto a garganta do irmão "por medida de segurança". A assombração se repete, na qual Rowling descreve a Morte como tomando o irmão "para si própria", servem tanto como âncora para a história como um conto de cautela pois ensinam uma lição sobre a inevitabilidade da morte. Uma das mensagens mais importantes deste conto, e deste determinado irmão, é a noção de usar o poder para bem (conselho que Rowling claramente leva ao coração). O segundo irmão chega à sua casa vazia, onde ele gira a pedra "mais ou menos três vezes em sua mão" (o texto no Livro 7 omite "mais ou menos"), usando-a para "chamar os Mortos" (segundo a nossa cópia). Ele fica emocionado ao testemunhar o regresso da menina com quem ele uma vez quis casar-se, mas ela está "silenciosa e fria" ("triste" no Livro 7), e sofrendo porque ela não mais pertence "ao mundo mortal". Desesperado e cheio de "desejo desesperado," o segundo irmão se mata pois assim ele pode juntar-se a ela, permitindo à Morte reconquistar a sua segunda vítima. O irmão mais jovem usa a "Capa da Invisibilidade" (até aqueles que ainda não leram o Livro 7 devem perceber que isto pode não ser somente um conto de fadas no fim das contas) para se esconder da Morte, até que "numa idade bem avançada" ele a tira e entrega a seu filho. Então ele cumprimenta a Morte "alegremente" e "como um velho amigo", partindo "desta vida". Um desfecho tão satisfatório para este conto - ele ainda guarda uma pancada até mesmo após uma segunda leitura. Simples, poderoso, e pungente, "O Conto dos Três Irmãos" apresenta teorias sobre o uso e abuso do poder (também forte na série) e compartilha mensagens importantes sobre vida e morte.Há muitas formas com as quais este conto informa e realça Harry Potter e as Relíquias da Morte (os curiosos deveriam reler o Capítulo Trinta e Cinco, "King's Croos", e discutir), mas a nossa favorita é destacada pela mensagem que próprio Dumbledore diz a Harry sobre aceitar a Morte e abraçar a vida: "Não se compadeça dos mortos, Harry. Compadeça-se dos vivos, e sobretudo, daqueles que vivem sem amor." O irmão mais jovem não tentou enganar Morte ou prejudicar aos outros com seu poder; pelo contrário, ele usou o seu presente para viver de maneira simples e sem temer a Morte, tanto que ao fim de uma vida longa e feliz, ele foi capaz de partir por vontade própria deste mundo. É um verdadeiro testamento do talento de Rowling que os seus contos de fadas encerrem uma mensagem tão forte, mas nunca parecem inclinados a fazer sermões ou ser publicamente didáticos (isto vai duas vezes para os seus livros, e é em parte por isso que eles são tão especiais). Os Contos de Beedle o Bardo demonstram várias das mesmas lições que a série Harry Potter, e as histórias se repetem com o aviso de Dumbledore sobre escolher "o que é certo e o que é fácil". Se ela está alertando contra a arrogância e a ganância, revelando as responsabilidades que vêm com imenso poder, ou exaltando a importância de amor e fé em uma pessoa, a imaginação ilimitada e a maestria na narração de histórias mantêm os seus fãs leais (jovens e velhos) voltando para mais, cada vez mais ansioso pela próxima lição.
Obrigado O Mundo De Harry Potter

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